Uma Caminhada para Missão
Neste mês de outubro, estamos
vivendo o mês dedicado à missão. Assim como ninguém parte para missão a partir
do nada, seja ela qual for, também nós cristãos católicos, percorremos um
caminho nos últimos três meses para prepararmo-nos a uma ação missionária. Primeiro
fomos levados a refletir sobre nossa vocação, o “CHAMADO” (agosto). Em seguida
(setembro) refletimos sobre a Palavra de Deus, ou seja, a “ESCUTA” e neste mês
(outubro), estamos dispostos a sair em missão, ou seja, ao “ANÚNCIO”.
Para ser missionário, antes de
tudo, deve-se conhecer o que vai ser anunciado. Por isso, há a necessidade de
fazer primeiro a experiência de Deus. Este, que nos escolheu primeiro: “Não
fostes vós que Me escolhestes a Mim; pelo contrário, Eu vos escolhi a vós” (Jo,
15, 16). É um Deus sensível a realidade humana e nos escolhe, nos chama. Por
isso, fomos convidados a estarmos com os ouvidos atentos durante o mês inteiro
de agosto para escutarmos seu chamado.
Um dos meios mais fortes estarmos
atentos ao apelo de Deus é a Sua Palavra. Por isso dedicamos um mês para
refletirmos, rezarmos e estudarmos ainda mais a Sagrada Escritura. “A palavra
de Deus é viva, é realizadora, mais afiada do que toda a espada de dois gumes:
ela penetra até onde se dividem a vida do corpo e a do espírito, as
articulações e as medulas e é capaz de distinguir as intenções e os pensamentos
do coração” (Heb 4,12).
Após esses passos nos tornamos
comprometidos com o anúncio. Não dá para conhecer Deus e guarda-lo apenas para
nós. Sabemos que missão vem de um termo latino missus que quer dizer enviado. Significa enviar alguém para
realizar uma tarefa. No sentido religioso, missão é enviar alguém para ser um
sinal da presença divina, para transmitir a mensagem divina às pessoas.
Somos convidados a sermos sinal
de Deus na vida daqueles que convivem conosco. Talvez o local mais difícil de
sermos missionários seja em nossa própria realidade, nossa própria casa. Mas é
justamente aí que Deus se revela através de nossa presença. Por isso,
respondendo ao chamado divino, através da Sagrada Escritura, devemos nos tornar
missionários constantemente, levando outras pessoas a uma experiência mais
profunda de Deus.
É interessante destacar
que estamos em um contexto de pós-modernidade e é neste contexto desafiador que
somos enviados por Deus, através da Igreja, para sermos um sinal de sua
presença e para transmitirmos sua mensagem à sociedade atual. Também hoje a
mensagem divina deve responder a situações concretas vividas pelas pessoas,
variando conforme o lugar e o tempo. É uma mensagem que anuncia o amor de Deus
e denuncia a falta deste amor entre as pessoas.
A evangelização na pós-modernidade
reconhece que a mensagem divina já foi transmitida às pessoas, através da
cultura religiosa familiar ou, até mesmo, dos meios de comunicação. Por isso,
as missionárias e missionários não levam Deus às pessoas. Antes as ajudam a
redescobrir a beleza e a alegria de viver a fé cristã em comunidade.
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